16 de dez. de 2011

MINHAS POESIAS ESCRITAS EM MEADOS DE 1993

"Loucura - Devaneios
Devaneios - Paixões
Paixões - Exagero
Exagero - Furacões
Furacões - Amor
Amor?
Amor!"
By Deives Camargo, sem data
"Sonhos virando Realidade
Ilusão virando Paixão
Tesão virando Prazer
Amantes vinrando no chão
Gotas de sexo virando ondas de amor
Arrebatando as represas da cabeça de um louco
Devastando tudo como uma enxurrada de
Sonhos virando em Realidade."
By Deives, em 01/10/1993
Devaneios
"Eu espero algo que não sei o que é
Algo que não imagino que exista
Algo simples,
mas pervertido
Algo puro
mas complexo
Algo simplesmente
mas......eu espero"

By Deives Camrgo, em 27/08/1993
 
"Sonhos fortes
Gritam o infinito - nomes entendidos apenas
Apenas por Deus
Sem rostos apenas Deus dos sonhos
Pobre sem nome
Fraco de nascimento - lutando
Sobrevivendo - sofrendo - num deserto de areia
Sobre dunas sonhadas por algum poeta profano
Sem rosto, apenas profano
Pois profanou o íntimo da alma
E lá, lá deixou seu pingo de tinta autografado
Autografao algo - Algum - Alguém - Ninguém
Porém sonhando
rezando
pecando
acordaann....
acordou."
By Deives Camargo , em 03/08/1993
 
"Solidão insana
Que me faz perder o caminho da lucidez
Me faz esquecer
Como é turva a realidade
Cheia de incertezas e devaneios
Solidão insana
Que me faz ganhar o caminho da loucura
Me faz lembrar
Como é clara a irrealidade
Cheia de certezas e razões"
By Deives Camargo (dezembro/1993)
 
"Medo controlado por toque insensato
Levado por descontrole de razão
Divulgado por leve sensação
Viciando o peito
Abalando o coração"
By Deives Camargo (dez/93)
 
Vicios
"Olho o sol e vejo seus cabelos voar,
Olho o manto claro da aurora e vejo seus lábios sorrir,
Olho as estrelas e vejo seus olhos brilhar,
Experimento o vento e sinto seu perfume exaurir,
Inundando o ar com o sabor da paixão,
Que vicia o peito e entorpece o coração!"
By Deives Camargo (30/11/1992 - 20h30min)
"Obscura é a sensação de pensar que não se pensa em quem se quer pensar"
By Deives Camargo (Dez/1993)
 
 
 

20 de nov. de 2011

SINTO FALTA...

Sinto falta da simplisidade de andar descalço
Sinto falta do sabor da chuva
Sinto falta de estar com sono
Sinto falta de dormir com gosto
Sinto falta de um beijo com sentimentos
Sinto falta dos meus sentimentos
Sinto falta do meu frio na barriga
Sinto falta de olhar nos olhos
Sinto falta de tremer nas bases
Sinto falta de sonhar em conjunto
Sinto falta de abraçar de conchinha
Sinto falta do sorriso escondido
Sinto falta do beijo roubado
Sinto falta do sabor da aventura
Sinto falta da vida  a ser vivida
Sinto falta dos dias de dúvidas
Sinto falta de sentir falta...


By Camargo

9 de set. de 2011

Meu filho, você não merece nada...

 Recebi de uma amiga e vale apena ser compartilhado...
 
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram
adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente
grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações.
Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia,
despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o
mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a
fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um
questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais.Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país. 
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”. 
Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida,que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo,porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude. 
Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está
disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e
reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.
Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. 
Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros
anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando:
“Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”.Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito. 
Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna
menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

30 de ago. de 2011

PRO SEU LADO.

Quero desejos contidos na alma de um poeta
Com toques de perdição
Pensado por um desvairado ensandecido
Com a graça de uma perdição
Contida no tempo de um louco
Preso em um templo de incertezas
Virando minha cabeça
PRO SEU LADO...

24 de abr. de 2011

Providência...


Sempre depois de algo que deixamos de fazer bate uma sensação de que algo ficou faltando, algo que não aconteceu, algo que não... simplesmente não. 
Mas e se pensarmos que depois de algo que deixamos de fazer por algum motivo fora de nosso controle, simplesente fomos impelidos a não fazer, algo muito bom aconteça? Nao acredito em destino mas de onde menos esperamos vem o que precisamos, nao deve ficar parado esperando por milagres siga sua vida com um sorriso e uma canção...isso sempre ajuda para que seu dia seja melhor...

20 de abr. de 2011

Simples assim...

A tanto na vida, que na verdade nem sabemos ao certo o que queremos, olhamos pra cá, olhamos pra lá e nos perdemos no meio de tanta opção, muitas vezes o que é nosso já nos basta e não precisamos de mais. Cuide do que você tem, pois o que você tem é o que lhe faz feliz...Simples assim...

By Camargo